Segurança para uns, incerteza para outros
No Brasil, quem nasce pobre já começa correndo atrás do prejuízo. E corre tanto que, muitas vezes, nem percebe que está numa pista inclinada — e sempre contra o vento.
Enquanto isso, lá no topo da colina, onde o sol nunca castiga demais e as balas nunca erram de alvo (porque nem chegam lá), decidiu-se que ministros do STF precisam de segurança vitalícia. Isso mesmo. *V-I-T-A-L-Í-C-I-A*.
Você entendeu bem: segurança pública para os mais poderosos, bancada com o dinheiro de quem anda espremido no metrô, vive no fio da navalha e escapa por pouco da bala “perdida”, que nunca se perde no endereço errado.
Justifica-se a medida por “riscos reais” e “função sensível”. *Mas o que dizer do policial que volta a pé pra casa, da professora ameaçada por denunciar o tráfico na escola, da enfermeira que encara as ruas escuras ao sair do plantão?*
Eles também não têm funções sensíveis?*
A diferença é que no Brasil — e isso a Constituição nunca escreveu, mas todos sabem — *uns são mais iguais que os outros*.
E quando o privilégio bate à porta, ele vem blindado.
Quando a pobreza bate à porta, ela é revistada.
Quem vai pagar essa conta? Ora, quem sempre pagou.
Quem não tem motorista, nem carro oficial. Quem acorda cedo pra garantir o básico e dorme tarde fazendo milagre com o que sobra.
É oficial: a insegurança do povo é permanente.
Mas a dos ministros… agora é vitalícia.
#Crônica #STF #SegurançaVitalícia #Desigualdade #BrasilReal #PovoPaga #JustiçaPraQuem
Segue lá, comenta lá…
https://www.instagram.com/p/DLD0mNCveGB2YQLv-kOQEFETowcvEH1WS2JCTM0/?igsh=MWJka29mNTM4ZjYxcw==
⸻
Comentários
Postar um comentário